Respeitando a identidade da criança nas diversas concepções de infância.
Os conceitos de infância e de criança se confundem considerando este como um período de desenvolvimento, crescimento físico e maturação psicológica, até a puberdade.
Etimologicamente, a palavra criança provém do francês enfant (infância), atribuída em geral do nascimento até os 7 anos de idade. Entretanto, o signifi cado de infância assume um sentido muitas vezes genérico que é associado a um sistema de status, de papel, visão de mundo, convenções, costumes e tradições de um povo.
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve e também o marca.
A criança tem na família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar
da multiplicidade de interações que estabelece com outras instituições sociais.
A História do Brasil como a de outros países é escrita por adultos, nela a criança durante muitos séculos desempenhou um papel figurante. Diversos motivos e sentimentos levaram os adultos a pensarem na criança, por desempenhar um importante papel no seio familiar e social, sendo seu destino variado, conforme sua cor, classe social e sexo.
O seu bem-estar e o aprimoramento das relações entre os adultos e as crianças são conquistas recentes na sociedade brasileira. O Brasil das crianças se divide em “duas infâncias”: das crianças ricas que tem direitos assegurados, e das crianças da periferia, que tem seus direitos ignorados, e muitas vezes amargam na exploração do trabalho infantil, enfrentando a dura realidade da miséria, tornando-se precocemente adultas, sem direito a infância.
A infância e a educação infantil estão profundamente interligadas, e os espaços escolares têm por objetivo desenvolver a criança em seus aspectos físico, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da sociedade como um todo. E deve cumprir duas funções indispensáveis e indissociáveis: cuidar e educar. Portanto, a infância deve ser compreendida no campo da cidadania, desde o ventre, com voz e reconhecimento por parte do Estado e por políticas públicas.
A escola é uma das ferramentas sociais que hes garante o cumprimento desses direitos.
A educação é um dos principais meios disponíveis para promover o desenvolvimento humano de forma profunda e harmoniosa. Cabe ao educador investir de sua responsabilidade, por meio de sua atuação junto à comunidade escolar, colaborando por um mundo melhor.
A escola se tornaria vazia e inefi ciente se omitisse de resgatar certos valores "adormecidos" na consciência humana. Por esse motivo, torna-se essencial refl etir a respeito mundo atual, fortalecer e renovar as "crenças", inserindo no processo educacional valores que possibilitem a formação integral do ser humano.
A criança quando vista como um ser humano atuante é digna de direitos. E a reflexão da conduta e responsabilidade do educador para com os pequenos, observando os impactos político-sociais é a porta para atuar e compreender esse momento tão especial chamado de INFÂNCIA.
Rosa Maria da Silva Menna Barreto
Graduada em Pedagogia pela Universidade de Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário